Wednesday, December 22, 2010

Durante todo este tempo fui inventando prolongamentos e adiamentos, quando na verdade tudo estava concluído. E eu, em negação, pedia um sinal definitivo, ainda mais definitivo, como um homem que pedisse um sinal a Deus, quer acreditar mas não aguenta tanto silêncio, ou nunca acreditou de todo e desafia deus. E nada acontece. Talvez isso não prove nada sobre Deus, mas prova alguma coisa sobre o homem? O homem também tem que se manifestar, tem que se manifestar a si mesmo, não aparecendo do nada mas escolhendo uma vida. E ainda não sabemos se escolheu a liberdade ou o desespero.

Pedro Mexia

8 comments:

Anonymous said...

és má

Ana said...

Má? Não gostaste do texto?
Pareceu-me tão adequado.

Anonymous said...

adequado a quê?
adequado a quem?

Ana said...

Ao que vai cá dentro.
Apetecia-me tê-lo escrito.

Anonymous said...

e por que não escreves?

Ana said...

Já "escrevi" da forma possível.

Anonymous said...

da forma possível?
e essa forma possível é perceptível?

Ana said...

Tenho quase certeza que sim.