Monday, December 08, 2008
Monday, December 01, 2008
Sunday, November 09, 2008
Thursday, November 06, 2008
Tuesday, November 04, 2008
Quando
Quando o meu corpo apodrecer e eu for morta
Continuará o jardim, o céu e o mar,
E como hoje igualmente hão-de bailar
As quatro estações à minha porta.
Outros em Abril passarão no pomar
Em que eu tantas vezes passei,
Haverá longos poentes sobre o mar,
Outros amarão as coisas que eu amei.
Será o mesmo brilho a mesma festa,
Será o mesmo jardim à minha porta,
E os cabelos doirados da floresta,
Como se eu não estivesse morta.
- Sophia de Mello Breyner Andresen
Continuará o jardim, o céu e o mar,
E como hoje igualmente hão-de bailar
As quatro estações à minha porta.
Outros em Abril passarão no pomar
Em que eu tantas vezes passei,
Haverá longos poentes sobre o mar,
Outros amarão as coisas que eu amei.
Será o mesmo brilho a mesma festa,
Será o mesmo jardim à minha porta,
E os cabelos doirados da floresta,
Como se eu não estivesse morta.
- Sophia de Mello Breyner Andresen
Saturday, October 25, 2008
Sem ti
E de súbito desaba o silêncio.
É um silêncio sem ti,
sem álamos,
sem luas.
Só nas minhas mãos
ouço a música das tuas.
- Eugénio de Andrade
É um silêncio sem ti,
sem álamos,
sem luas.
Só nas minhas mãos
ouço a música das tuas.
- Eugénio de Andrade
Thursday, October 23, 2008
Nesta vida, em que sou meu sono,
Não sou o meu dono,
Quem sou é quem me ignoro e vive
Através desta névoa que sou eu
Todas as vidas que eu outrora tive,
Numa só vida.
Mar sou; baixo marulho ao alto rujo,
Mas minha cor vem do meu alto céu,
E só me encontro quando de mim fujo.
Quem quando eu era infante me guiava
Senão a vera alma que em mim estava?
Atada pelos braços corporais,
Não podia ser mais.
Mas, certo, um gesto, olhar ou esquecimento
Também, aos olhos de quem bem olhasse
A Presença Real sob o disfarce
Da minha alma presente sem intento.
Fernando Pessoa
Não sou o meu dono,
Quem sou é quem me ignoro e vive
Através desta névoa que sou eu
Todas as vidas que eu outrora tive,
Numa só vida.
Mar sou; baixo marulho ao alto rujo,
Mas minha cor vem do meu alto céu,
E só me encontro quando de mim fujo.
Quem quando eu era infante me guiava
Senão a vera alma que em mim estava?
Atada pelos braços corporais,
Não podia ser mais.
Mas, certo, um gesto, olhar ou esquecimento
Também, aos olhos de quem bem olhasse
A Presença Real sob o disfarce
Da minha alma presente sem intento.
Fernando Pessoa
Friday, October 17, 2008
Thursday, October 16, 2008
Pessoas sensíveis
As pessoas sensíveis não são capazes
De matar galinhas
Porém são capazes
De comer galinhas
O dinheiro cheira a pobre e cheira
À roupa do seu corpo
Aquela roupa
Que depois da chuva secou sobre o corpo
Porque não tinham outra
O dinheiro cheira a pobre e cheira
A roupa
Que depois do suor não foi lavada
Porque não tinham outra
«Ganharás o pão com o suor do teu rosto»
Assim nos foi imposto
E não:
"Com o suor dos outros ganharás o pão.»
Ó vendilhões do templo
Ó construtores
Das grandes estátuas balofas e pesadas
Ó cheios de devoção e de proveito
Perdoai-lhes Senhor
Porque eles sabem o que fazem.
- Sophia de Mello Breyner Andresen
Friday, October 10, 2008
Thursday, October 09, 2008
Tuesday, October 07, 2008
Monday, October 06, 2008
Saturday, October 04, 2008
Wednesday, October 01, 2008
Tuesday, September 30, 2008
Saturday, September 27, 2008
Friday, September 19, 2008
Thursday, September 18, 2008
Wednesday, September 17, 2008
Eu só penso no Sol
Tuesday, September 16, 2008
Friday, September 12, 2008
Thursday, September 11, 2008
Monday, September 08, 2008
Crop Circle 8:8:8
Feito por humanos ou não (fica ao critério de cada um) aqui fica uma maravilhosa mensagem que foi dada no dia 8-8-2008 ( 8:8:8)...
Imagem retirada daqui Link
Friday, September 05, 2008
Thursday, September 04, 2008
Delusão
Quando é uma pessoa a sofrer de uma delusão, chama-se-lhe insanidade. Quando são muitas pessoas a sofrer de uma delusão, chama-se-lhe religião.
Robert M. Pirsig
NOTA: Delusão: "crença ou impressão falsa".
Wednesday, September 03, 2008
Tuesday, September 02, 2008
Imagine
Imagine-se, com John Lennon, um mundo sem religião. Imagine-se que não há bombistas suicidas, 11 de Setembro, atentados de Londres, cruzadas, caça às bruxas, conspiração da pólvora, divisão da Índia, guerras israelo-palestinianas, massacres de sérvios/croatas/muçulmanos, perseguição dos judeus enquanto <>, <> na Irlanda do Norte, <>, televangelistas de fato lustroso e cabelo armado a tosquiar o dinheiro de rebanhos ingénuos (<>). Imagine-se que não há talibãs a fazer explodir estátuas antigas, decapitações públicas de blasfemos, flagelação de mulheres por exibirem um centímetro de pele.
Richard Dawkins, The God Delusion
Thursday, August 28, 2008
Saturday, August 23, 2008
O meu novo companheiro!!!
Friday, August 22, 2008
História Zen
Um mestre zen estava a pintar um quadro e tinha o principal discípulo sentado a seu lado para lhe dizer quando o quadro estava perfeito.
O discípulo estava preocupado e o mestre também, porque o primeiro nunca tinha visto o mestre fazer nada que fosse imperfeito. Porém, nesse dia as coisas começaram a correr mal. O mestre tentou e quanto mais tentava, mais aquilo estava uma confusão.
No Japão ou na China, toda a arte da caligrafia é escrita em papel feito com a árvore de papel de arroz, num determinado papel muito sensível, muito frágil. Se a pessoa hesita um pouco, há séculos que é sabido onde hesitou o calígrafo, porque mais tinta se espalha no papel e fica uma porcaria. É muito difícil enganar em papel de arroz. É preciso continuar a fluir, sem hesitar. Seja por um momento apenas, por uma milésima de segundo, se a pessoa hesita (que fazer?), falhou, já falhou. E uma pessoa com bom olho diz logo "Não é de modo algum um quadro zen", porque um quadro destes tem de ser espontâneo, de fluir.
O mestre tentou e voltou a tentar, mas quanto mais tentava... e começou a suar. E o discípulo estava ali sentado a abanar a cabeça uma e outra vez de maneira negativa.
- Não, não está perfeito.
E o mestre fazia cada vez mais erros.
A tinta estava a acabar, por isso o mestre disse:
- Vai preparar mais tinta.
Enquanto o discípulo estava fora a preparar a tinta, o mestre fez a sua obra-prima.
Quando o discípulo voltou, disse:
- Está perfeito, Mestre! Que aconteceu?
O mestre riu-se e disse:
- Apercebi-me de uma coisa. A tua presença, a simples ideia de que alguém está aqui para apreciar ou condenar, para dizer sim ou não, pertubou a minha tranquilidade interior. A partir de agora nunca mais serei incomodado. Aprendi que estava a tentar torná-lo perfeito e que esse era o único motivo para ele não o ser.
retirado do livro de Osho
"Criatividade
libertar as forças interiores"
Wednesday, August 13, 2008
O que és
Os homens, em geral, julgam mais com os olhos do que com as mãos, porque todos podem ver facilmente, mas poucos podem sentir. Todos vêem bem o que pareces, mas poucos têm o sentimento do que és (...).
Maquiavel
Sunday, August 10, 2008
Saturday, August 09, 2008
Friday, August 08, 2008
Pequeno poema
Ficou tudo como estava.
Nem homens cortaram veias,
Nem o sol escureceu,
Nem houve estrelas a mais...
Somente,
Esquecida das dores,
A minha mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci,
Não houve nada de novo
Senão eu.
As nuvens não se espantaram,
Nem homens cortaram veias,
Nem o sol escureceu,
Nem houve estrelas a mais...
Somente,
Esquecida das dores,
A minha mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci,
Não houve nada de novo
Senão eu.
As nuvens não se espantaram,
Não enlouqueceu ninguém...
Para que o dia fosse enorme,
Bastava
Toda a ternura que olhava
Nos olhos de minha mãe...
Sebastião da Gama
Thursday, August 07, 2008
Wednesday, August 06, 2008
História
Certo dia, um ladrão perguntou a Buda o que deveria fazer paa se libertar dos seus defeitos.
O Mestre limitou-se a responder:
- Não te preocupes. Procede como quiseres. Apenas com uma condição: Mantem-te desperto, acordado, vigilante, em relação a tudo o que fizeres.
O ladrão ficou muito feliz. Buda não o censurava nem exigia dele nenhum sacrifício. Apenas pretendia que estivesse desperto, consciente...
Pareceu-lhe, portanto, fácil, satisfazer essa condição.
Mas, alguns dias depois, dirigiu-se novamente a Buda falou-lhe deste modo:
- O Senhor não exigiu nada de mim. Quis apenas que estivesse consciente de tudo quanto fazia. Pensei que era fácil e que poderia continuar roubar. Porém, quando comecei a manter-me desperto em relação a tudo o que fazia, verifiquei não ser possível roubar.
História oriental retirada do livro
" Um Agostinho da Silva " de José Flórido.
Tuesday, August 05, 2008
Frase
Ser inteligente não significa ser um intelectual. A inteligência não consiste em acumular informações e conhecimentos. Ser inteligente é, na verdade, ser criativo. Mais ainda, significa viver de forma criativa.
Osho
Monday, August 04, 2008
Deus
"Não basta ver que um jardim é belo sem ter de acreditar que lá ao fundo também esconde fadas?"
Douglas Adams
Douglas Adams
Sunday, August 03, 2008
Saturday, August 02, 2008
Friday, August 01, 2008
Uma história
Era uma vez uma velha rã que viveu toda a sua vida num pequeno poço húmido e que um dia foi visitada por uma rã do mar :
- De onde vens ? - perguntou a rã do poço.
- Venho do grande oceano, respondeu a outra.
- O teu oceano é grande?
- É gigantesco.
- Terá, talvez um quarto do tamanho do meu poço?
- É maior.
- Maior? Talvez metade do meu poço?
- Não, muito maior.
- É tão grande como este poço?
- Muito maior, não tem comparação.
- Impossivel! Tenho de ir ver isso!
Partiram juntas mas quando a rã do poço viu o oceano, o choque foi tão grande que a sua cabeça explodiu e se desfez em pedaços...
Patrul Rinpoche
- De onde vens ? - perguntou a rã do poço.
- Venho do grande oceano, respondeu a outra.
- O teu oceano é grande?
- É gigantesco.
- Terá, talvez um quarto do tamanho do meu poço?
- É maior.
- Maior? Talvez metade do meu poço?
- Não, muito maior.
- É tão grande como este poço?
- Muito maior, não tem comparação.
- Impossivel! Tenho de ir ver isso!
Partiram juntas mas quando a rã do poço viu o oceano, o choque foi tão grande que a sua cabeça explodiu e se desfez em pedaços...
Patrul Rinpoche
Quase nada
Passo e amo e ardo.
Água? Brisa? Luz?
Não sei. E tenho pressa:
levo comigo uma criança
que nunca viu o mar.
Eugénio de Andrade
Não sei. E tenho pressa:
levo comigo uma criança
que nunca viu o mar.
Eugénio de Andrade
Liberdade
Ai que prazer
Fernando Pessoa
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...
Fernando Pessoa
Thursday, July 31, 2008
Wednesday, July 30, 2008
Tuesday, July 29, 2008
Sunday, July 27, 2008
Saturday, July 26, 2008
Friday, July 25, 2008
Abismo
O coração de uma mulher é um abismo. Este axioma é já tão velho, que não é habilidade nenhuma repeti-lo. Habilidade é sondar o dito abismo e adivinhar a mulher. Muitos o tentam, e poucos conseguem vir a lume com a pedra filosofal. É uma exploração perigosa (...). É como as viagens aos pólos, em cujos gelos ficam sepultados os nautas atrevidos. E, se não fosse assim tão difícil a conquista, a mulher não valia nada. O que a faz preciosa é o segredo.
Camilo Castelo Branco in Memórias de Lisboa
Thursday, July 24, 2008
Terra
Ontem assisti em Aveiro a um concerto de Caetano Veloso muito calmo. Só ele e a sua guitarra e como tecto as estrelas.
Wednesday, July 23, 2008
Tuesday, July 22, 2008
O HOMEM QUE NÃO GOSTAVA DE ESCOLHER
As coisas quando se tornam familiares deixam instantaneamente de se ver, deixam de incomodar. É a única maneira de as fazer desaparecer.
Pedro Paixão in Vida de Adulto
Monday, July 21, 2008
Sunday, July 20, 2008
Friday, July 18, 2008
Nada é mais perigoso do que o silêncio
(...) nunca devemos amar em silêncio(...). Um amor feliz precisa do turbilhão das palavras, das frases aparentemente inúteis e sem sentido, precisa de adjectivos, de elogios, do ruído das banalidades. Não há felicidade que não seja tantas vezes fútil, tantas vezes inútil.
Miguel de Sousa Tavares in "Não te deixarei morrer David Crockett"
Thursday, July 17, 2008
Wednesday, July 16, 2008
Cantiga para quem sonha
Tu que tens dez réis de esperança e de amor
grita bem alto que queres viver.
Compra pão e vinho, mas rouba uma flor:
tudo o que é belo não é de vender.
Não vendem ondas do mar,
nem brisa ou estrelas, sol ou lua cheia.
Não vendem moças de amar,
nem certas janelas em dunas de areia.
Canta, canta como uma ave ou um rio,
dá o teu braço aos que querem sonhar.
Quem trouxer mãos livres ou um assobio,
nem é precio que saiba canta.
Tu que crês num mundo maior e melhor
grita bem alto que o céu está aqui.
Tu que vês irmãos, só irmãos em redor
crê que esse mundo começa por ti.
Traz uma viola, um poema,
um passo de dança, um sonho maduro.
Canta glosando este tema:
em cada criança há um homem puro.
Canta, canta como uma ave ou um rio,
dá o teu braço aos que querem sonhar.
Quem trouxer mãos livres ou um assobio,
nem é preciso que saiba cantar.
Letra de Leonel Neves, canta Luís Goes
Tuesday, July 15, 2008
Insustentável...
Se somos incapazes de amar, talvez seja por desejarmos ser amados, ou seja, por querermos alguma coisa do outro (o seu amor), em vez de chegarmos junto dele sem revindicações e não querermos senão a sua simples presença.
Milan Kundera in A insustentável leveza do ser
Milan Kundera in A insustentável leveza do ser
Monday, July 14, 2008
Sunday, July 13, 2008
Canção de Agora
Ontem meu peito chorava.
Hoje, não.
Também cansa a desventura.
Também o sol gasta o chão.
Estava ontem sozinha,
tendo a meu lado, sombria,
minha própria companhia.
Hoje, não.
Morreu de tanto morrer
a pena que em mim vivia.
Morreu de tanto esperar.
Eu não.
Relógios do tempo andaram
marcando o tempo em meu rosto.
A vida perdeu seu tempo.
Eu não.
Também cansa a desventura.
Também o sol gasta o chão.
Lila Ripoll (1905-1967)
Hoje, não.
Também cansa a desventura.
Também o sol gasta o chão.
Estava ontem sozinha,
tendo a meu lado, sombria,
minha própria companhia.
Hoje, não.
Morreu de tanto morrer
a pena que em mim vivia.
Morreu de tanto esperar.
Eu não.
Relógios do tempo andaram
marcando o tempo em meu rosto.
A vida perdeu seu tempo.
Eu não.
Também cansa a desventura.
Também o sol gasta o chão.
Lila Ripoll (1905-1967)
Saturday, July 12, 2008
Saudades #3
Gostava de ter o dom da palavra para poder descrever o que sinto ao levantar vôo ao som apaziguante de Gotan Project. ...hay milonga de amor...
Cada nota parece fazer o próprio sol brilhar mais, fortalecendo o calor dos raios que entram pela janela.
Recosto-me a ver tudo ficar mais pequeno à medida que subimos, e lembro-me que não haveria melhor ocasião do que esta, dentro de um avião, para pensar como o tempo voa.
Rapidamente chegou a época do ano em que, mais do que nunca, nos detemos a olhar para trás, fazer o balanço do ano e pensar no que queremos alcançar no futuro. O que queremos mudar? O que queremos acolher de novo na nossa vida?
Quero ser feliz. Só (?!).
08 Dezembro 2007, Barcelona
Friday, July 11, 2008
Crashing bores
...
This world is full, Oh oh, So full of crashing bores
And I must be one, cos no one ever turns to me to say
Take me in your arms, Take me in your arms
And love me, And love me
...
This world is full, Oh oh, So full of crashing bores
And I must be one, cos no one ever turns to me to say
Take me in your arms, Take me in your arms
And love me, And love me
...
Morrissey in This world is full of crashing bores
Tu sais...
"Tu sais je vai t'aimer
Même sans ta présence, je vais t'aimer
Même sans espérance, je vais t'aimer
Tous les jours de ma vie.
Dans mes poèmes, je t'écrirai:
"C'est toi que j'aime, c'est toi que j'aimerai
Tous les jours de ma vie"
Tu sais, je vais pleurer
Quand tu t'éloigneras, je vais pleurer
Mais tu me reviendras et j'oublierai
La douleur de mes nuits
Tu sais, je souffrirai
A chaque instant d'attente, je souffrirai
Mais quand tu seras là, je renaîtrai
Tous les jours de ma vie..."
Même sans ta présence, je vais t'aimer
Même sans espérance, je vais t'aimer
Tous les jours de ma vie.
Dans mes poèmes, je t'écrirai:
"C'est toi que j'aime, c'est toi que j'aimerai
Tous les jours de ma vie"
Tu sais, je vais pleurer
Quand tu t'éloigneras, je vais pleurer
Mais tu me reviendras et j'oublierai
La douleur de mes nuits
Tu sais, je souffrirai
A chaque instant d'attente, je souffrirai
Mais quand tu seras là, je renaîtrai
Tous les jours de ma vie..."
Thursday, July 10, 2008
Wednesday, July 09, 2008
Monday, July 07, 2008
Saudades #1
Monday, June 30, 2008
Quote
Preocupe-se mais com a sua consciência do que com a sua reputação. Porque a sua consciência é o que você é, e a sua reputação é o que os outros pensam de si. E o que os outros pensam de si é problema deles.
Pensamento atribuído a Osho
Pensamento atribuído a Osho
Sunday, June 29, 2008
O príncipe
"Os homens mudam de governantes com grande facilidade, esperando sempre uma melhoria. Essa esperança leva-os a levantar-se em armas contra os actuais. E isto é um engano, pois a experiência demonstra mais tarde que a mudança foi para pior."
Maquiavel in O Príncipe
Maquiavel in O Príncipe
Saturday, June 28, 2008
Friday, June 27, 2008
Wednesday, June 25, 2008
Grrrrr!
Mas por que é que as pessoas não lutam por aquilo que querem em vez de se andarem a queixar?????
Tuesday, June 24, 2008
Primeiramente
Acordo sem o contorno do teu rosto na minha almofada, sem o teu peito liso e claro como um dia de vento, e começo a erguer a madrugada apenas com as duas mãos que me deixaste, hesitante nos gestos, porque os meus olhos partiram nos teus.
E é assim que a noite chega, e dentro dela te procuro, encostado ao teu nome, pelas ruas álgidas onde tu não passas, a solidão aberta nos dedos como um cravo.
Meu amor, amor de uma breve madrugada de bandeiras, arranco a tua boca da minha e desfolho-a lentamente, até que outra boca – e sempre a tua boca – comece de novo a nascer na minha boca.
Que posso eu fazer senão escutar o coração inseguro dos pássaros, encostar a face ao rosto lunar dos bêbados e perguntar o que aconteceu.
E é assim que a noite chega, e dentro dela te procuro, encostado ao teu nome, pelas ruas álgidas onde tu não passas, a solidão aberta nos dedos como um cravo.
Meu amor, amor de uma breve madrugada de bandeiras, arranco a tua boca da minha e desfolho-a lentamente, até que outra boca – e sempre a tua boca – comece de novo a nascer na minha boca.
Que posso eu fazer senão escutar o coração inseguro dos pássaros, encostar a face ao rosto lunar dos bêbados e perguntar o que aconteceu.
- Eugénio de Andrade
Monday, June 23, 2008
Homenagem
Ao poeta das flores e dos pássaros,
dos frutos e das mãos,
do amor e dos amantes,
de todas as palavras, mesmo as interditas
do mar e do verão,
da água e da terra,
do sol e da sombra,
do branco e do obscuro,
do olhar e das cumplicidades
das rosas e da língua
do lume e da sede.
O poeta.
"Terra: se um dia lhe tocares
o corpo adormecido,
põe folhas verdes onde pões silêncio,
sê leve para quem o foi contigo.
Dá-lhe o meu cabelo para sonho,
e deixa as minhas mãos para tecer
a mágoa infinita das raízes
que no seu corpo um dia hão-de beber."
Eugénio de Andrade
dos frutos e das mãos,
do amor e dos amantes,
de todas as palavras, mesmo as interditas
do mar e do verão,
da água e da terra,
do sol e da sombra,
do branco e do obscuro,
do olhar e das cumplicidades
das rosas e da língua
do lume e da sede.
O poeta.
"Terra: se um dia lhe tocares
o corpo adormecido,
põe folhas verdes onde pões silêncio,
sê leve para quem o foi contigo.
Dá-lhe o meu cabelo para sonho,
e deixa as minhas mãos para tecer
a mágoa infinita das raízes
que no seu corpo um dia hão-de beber."
Eugénio de Andrade
Sunday, June 22, 2008
Friday, June 20, 2008
Cerco
Todos os lugares onde não posso voltar e que me cercam, só por ter sido contigo que lá estive pela primeira vez. A inocência com que os ias marcando no mapa com pequenos corações encarnados como se de conquistas se tratasse e me deixam agora aqui imóvel sem lugar algum para onde fugir. Porque são eles e só eles que quero revisitar, mas sem ti como ousaria enfrentar o terror de estar só e não poder haver alguém? Como tudo o que fizemos de um modo tão leve, tão descuidado, se transforma agora no chumbo que pesa sobre a minha vida e a vai afundando. Estou quieto no centro de uma memória que facilmente se desiquilibra e me apavora. Sim, pensar no que vimos, por onde andámos, onde nos perdemos e procurámos é um ácido que lentamente me corrói a alma, um vício que me transforma em fantasma. Por vezes nem quero pensar em nada, sou assaltado. Um cheiro intenso e estranho, uma paisagem breve adivinhada do carro, a suave temperatura do vento, e choro. Não quero atraiçoar-te e a todo o momento não faço outra coisa, porque vou insistindo em reviver isso tudo de que a correr nos afastámos. E não podemos regressar por nenhum caminho que não existiu em parte alguma senão neste instante que acabou agora. É tão triste o que tão alegre foi, minha amada.
Pedro Paixão in Amor Portátil
Thursday, June 19, 2008
Poesia
Wednesday, June 18, 2008
Saturday, June 14, 2008
Tempos difíceis...
"Vivemos tempos difíceis. No mundo actual, globalizado, as crises deixaram de ser localizadas, nacionais, e ultrapassaram fronteiras e continentes.
Os políticos, habituados a arranjar um culpado para todas as coisas, atiram as culpas para os Estados Unidos e a China, a Rússia e o Iraque, a Venezuela e a OPEP. E a União Europeia, o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial e os peritos do costume dizem que a culpa é do dólar, do petróleo e da escassez de matérias-primas e de alimentos. Encontram sempre uma explicação conveniente, politicamente correcta, e raramente têm a coragem de pôr o dedo na ferida. Porque a ferida é dolorosa. A ferida, a chaga do mundo actual, é querer consumir mais do que aquilo que se produz. A ferida é gastar muito e trabalhar pouco. E isso não é possível sem provocar desequílibrios e injustiças.
Num mundo de recursos escassos, para alguns consumirem em excesso, outros terão de passar fome. Há, pois, que trabalhar e produzir mais, fazer mais sacríficios.
E de quem se espera tal comportamento? De toda a sociedade, obviamente. Mas principalmente dos jovens, porque é deles o futuro. E estarão estes disponíveis para tão importante tarefa?
Vejamos o exemplo de quatro jovens licenciados que eu conheço:
Bernardo, 25 anos, licenciado em Economia, filho de pai arquitecto e de mãe professora. Concluída a licenciatura com boa classificação foi trabalhar para uma multinacional de auditoria. Vencimento inicial: 900 euros mensais. Ao fim de TRÊS dias despediu-se alegando excesso de trabalho. Dada a sua reconhecida inteligência, regressou à universidade onde se encontra a frequentar um mestrado. Há-de fazer carreira no ensino, na administração pública, ou na política.
Maria, 28 anos, licenciada em Engenharia e Gestão Industrial, filha de pai operário e mãe empregada doméstica. Para pagar os estudos trabalhou na cantina da universidade durante todo o curso. O seu primeiro salário como estagiária de uma multinacional francesa foi de 800 euros. Trabalhou em várias sucursais europeias dessa empresa, regressando a Portugal para chefiar um importante departamento. Pela sua capacidade de trabalho e espírito de sacríficio tem o futuro assegurado. Aqui ou em qualquer outro lugar.
Vanessa, 26 anos, licenciada em Psicologia, filha de pai director fabril e mãe técnica de qualidade. Primeiro e único salário: 800 euros mensais. Está há dois anos desempregada. Recusa trabalhos não compatíveis com a sua formação universitária. Apesar dos limitados meios de fortuna dos seus progenitores tem um apartamento alugado, automóvel, e dá-se ares de pessoa importante.
António, 28 anos, licenciado em Matemática, filho de pais pequenos comerciantes. Depois de uma curta e frustrante experiência como professor, decide apostar num negócio próprio. Arrisca, investe e cria uma equipa de trabalho. Pequena mas coesa. O negócio expande-se, consolida-se e prospera. Hoje orgulha-se de ser considerado um jovem empresário de elevado potencial.
Quatro jovens, quatro casos. A Maria e o António, aliando a humildade, trabalho e risco, têm carreiras de sucesso. O Bernardo e a Vanessa, que se julgam credores de todos os direitos e mordomias, marcam passo, vivendo à custa dos pais e da sociedade.
Felizmente há mais Antónios do que Bernardos e mais Marias do que Vanessas.
É isso que me faz acreditar num futuro melhor. "
- Carlos A. Abrantes in Soberania do Povo
Não sei se concordo que há mais Antónios e Marias do que Bernardos e Vanessas. Por isso é que estamos assim. Mas oxalá eu esteja errada.
Os políticos, habituados a arranjar um culpado para todas as coisas, atiram as culpas para os Estados Unidos e a China, a Rússia e o Iraque, a Venezuela e a OPEP. E a União Europeia, o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial e os peritos do costume dizem que a culpa é do dólar, do petróleo e da escassez de matérias-primas e de alimentos. Encontram sempre uma explicação conveniente, politicamente correcta, e raramente têm a coragem de pôr o dedo na ferida. Porque a ferida é dolorosa. A ferida, a chaga do mundo actual, é querer consumir mais do que aquilo que se produz. A ferida é gastar muito e trabalhar pouco. E isso não é possível sem provocar desequílibrios e injustiças.
Num mundo de recursos escassos, para alguns consumirem em excesso, outros terão de passar fome. Há, pois, que trabalhar e produzir mais, fazer mais sacríficios.
E de quem se espera tal comportamento? De toda a sociedade, obviamente. Mas principalmente dos jovens, porque é deles o futuro. E estarão estes disponíveis para tão importante tarefa?
Vejamos o exemplo de quatro jovens licenciados que eu conheço:
Bernardo, 25 anos, licenciado em Economia, filho de pai arquitecto e de mãe professora. Concluída a licenciatura com boa classificação foi trabalhar para uma multinacional de auditoria. Vencimento inicial: 900 euros mensais. Ao fim de TRÊS dias despediu-se alegando excesso de trabalho. Dada a sua reconhecida inteligência, regressou à universidade onde se encontra a frequentar um mestrado. Há-de fazer carreira no ensino, na administração pública, ou na política.
Maria, 28 anos, licenciada em Engenharia e Gestão Industrial, filha de pai operário e mãe empregada doméstica. Para pagar os estudos trabalhou na cantina da universidade durante todo o curso. O seu primeiro salário como estagiária de uma multinacional francesa foi de 800 euros. Trabalhou em várias sucursais europeias dessa empresa, regressando a Portugal para chefiar um importante departamento. Pela sua capacidade de trabalho e espírito de sacríficio tem o futuro assegurado. Aqui ou em qualquer outro lugar.
Vanessa, 26 anos, licenciada em Psicologia, filha de pai director fabril e mãe técnica de qualidade. Primeiro e único salário: 800 euros mensais. Está há dois anos desempregada. Recusa trabalhos não compatíveis com a sua formação universitária. Apesar dos limitados meios de fortuna dos seus progenitores tem um apartamento alugado, automóvel, e dá-se ares de pessoa importante.
António, 28 anos, licenciado em Matemática, filho de pais pequenos comerciantes. Depois de uma curta e frustrante experiência como professor, decide apostar num negócio próprio. Arrisca, investe e cria uma equipa de trabalho. Pequena mas coesa. O negócio expande-se, consolida-se e prospera. Hoje orgulha-se de ser considerado um jovem empresário de elevado potencial.
Quatro jovens, quatro casos. A Maria e o António, aliando a humildade, trabalho e risco, têm carreiras de sucesso. O Bernardo e a Vanessa, que se julgam credores de todos os direitos e mordomias, marcam passo, vivendo à custa dos pais e da sociedade.
Felizmente há mais Antónios do que Bernardos e mais Marias do que Vanessas.
É isso que me faz acreditar num futuro melhor. "
- Carlos A. Abrantes in Soberania do Povo
Não sei se concordo que há mais Antónios e Marias do que Bernardos e Vanessas. Por isso é que estamos assim. Mas oxalá eu esteja errada.
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