Células estaminais são células indiferenciadas que têm a capacidade fabulosa de se transformar em qualquer célula especializada.
Quando um óvulo é fecundado, transformando-se num ovo, este divide-se em duas células. As duas células dividem-se em quatro e por aí fora. Há muitos anos que os cientistas sonham colher essas jovens células embrionárias para tentarem reproduzir o milagre da sua transformação/diferenciação nas centenas de tipos de células existentes no nosso corpo.
Devido a essa sua faculdade, estas células poderão ser a solução para fazer a reparação de órgãos e tecidos lesados. Doenças cardíacas podiam deixar de ser um problema através da indução da diferenciação de células estaminais em células do músculo cardíaco, algo que já foi testado com sucesso em laboratório.
Deveria ter sido o ínicio de uma importante revolução na medicina quando o cientista James Thomson anunciou em Novembro de 1998 ter colhido com êxito células de embriões excedentários disponíveis em clínicas de fertilidade e criado a primeira linha de células estaminais embrionárias humanas. No entanto aconteceu o contrário, gerando-se uma grande polémica e controvérsia em redor deste assunto e impedindo que a técnica fosse desenvolvida e aplicada.
Os embriões são ainda considerados por muitos como seres com sentimentos e direitos e, como tal, colher células a partir de embriões é semelhante a fazer um aborto. Mas a realidade é que os embriões humanos apenas adquirem o sistema nervoso à 12ª semana de gestação e neste tipo de investigações eles são usados muitíssimo antes - com apenas 10 dias!
Os apoiantes destas ideias defendem que em vez de células estaminais embrionárias jovens, podem ser usadas células estaminais adultas da medula óssea ou do cordão umbilical. O problema é que estas células estaminais adultas são raríssimas (uma em cada milhão de células da medula) e não demonstraram ainda ser eficazes a diferenciar-se em todo o tipo de células produzidas pelas células embrionárias jovens. Além disso, nas clínicas de fertilização há milhões de embriões a serem destruídos constantemente que poderiam ser utilizados para investigação, com consentimento dos dadores. Se estas células têm "sentimentos" para ser estudadas, não têm sentimentos para ser destruídas? Se usar embriões humanos para tentar curar doenças é assassínio em massa, destruí-los sem tentar salvar alguém, é o quê?
Países como o Reino Unido, China e Coreia do Sul são dos poucos que possuem centros de investigaçao destas células que têm conseguido apresentar alguns progressos, apesar dos limites a que são sujeitos.
É uma pena que mais uma vez uma descoberta que podia evitar tantas mortes, não possa avançar por estar presa numa teia política e religiosa. Não se podem usar embriões para fazer investigações que salvarão vidas porque não é "éticamente correcto", mas já é correcto que eles sejam deitados ao lixo sem tentar encontrar uma solução para doenças de que tantos milhares de pessoas sofrem e, pelas quais, morrem todos os dias.
Fala-se TANTO em ética... Mas falta de ética é desperdiçar tantos embriões e com eles tantas outras vidas.
Quando um óvulo é fecundado, transformando-se num ovo, este divide-se em duas células. As duas células dividem-se em quatro e por aí fora. Há muitos anos que os cientistas sonham colher essas jovens células embrionárias para tentarem reproduzir o milagre da sua transformação/diferenciação nas centenas de tipos de células existentes no nosso corpo.
Devido a essa sua faculdade, estas células poderão ser a solução para fazer a reparação de órgãos e tecidos lesados. Doenças cardíacas podiam deixar de ser um problema através da indução da diferenciação de células estaminais em células do músculo cardíaco, algo que já foi testado com sucesso em laboratório.
Deveria ter sido o ínicio de uma importante revolução na medicina quando o cientista James Thomson anunciou em Novembro de 1998 ter colhido com êxito células de embriões excedentários disponíveis em clínicas de fertilidade e criado a primeira linha de células estaminais embrionárias humanas. No entanto aconteceu o contrário, gerando-se uma grande polémica e controvérsia em redor deste assunto e impedindo que a técnica fosse desenvolvida e aplicada.
Os embriões são ainda considerados por muitos como seres com sentimentos e direitos e, como tal, colher células a partir de embriões é semelhante a fazer um aborto. Mas a realidade é que os embriões humanos apenas adquirem o sistema nervoso à 12ª semana de gestação e neste tipo de investigações eles são usados muitíssimo antes - com apenas 10 dias!
Os apoiantes destas ideias defendem que em vez de células estaminais embrionárias jovens, podem ser usadas células estaminais adultas da medula óssea ou do cordão umbilical. O problema é que estas células estaminais adultas são raríssimas (uma em cada milhão de células da medula) e não demonstraram ainda ser eficazes a diferenciar-se em todo o tipo de células produzidas pelas células embrionárias jovens. Além disso, nas clínicas de fertilização há milhões de embriões a serem destruídos constantemente que poderiam ser utilizados para investigação, com consentimento dos dadores. Se estas células têm "sentimentos" para ser estudadas, não têm sentimentos para ser destruídas? Se usar embriões humanos para tentar curar doenças é assassínio em massa, destruí-los sem tentar salvar alguém, é o quê?
Países como o Reino Unido, China e Coreia do Sul são dos poucos que possuem centros de investigaçao destas células que têm conseguido apresentar alguns progressos, apesar dos limites a que são sujeitos.
É uma pena que mais uma vez uma descoberta que podia evitar tantas mortes, não possa avançar por estar presa numa teia política e religiosa. Não se podem usar embriões para fazer investigações que salvarão vidas porque não é "éticamente correcto", mas já é correcto que eles sejam deitados ao lixo sem tentar encontrar uma solução para doenças de que tantos milhares de pessoas sofrem e, pelas quais, morrem todos os dias.
Fala-se TANTO em ética... Mas falta de ética é desperdiçar tantos embriões e com eles tantas outras vidas.
3 comments:
É a teleologia pá!
O que tu matas no embrião não é a materialidade do embrião mas o desígnio contido no embrião, o seu "telos"... e matar o "telos" é uma chatice do caraças. É menos polémico matar uns milhões de iraquianos,o seu "telos", não contendo a democracia, admite alguma violência preliminar para fazer brotar o espírito.
Como dizia Paulo de Tarso: Non este potestas nisi a Deo (Romanos XIII, 2). Para os não-académicos: "não há poder que não venha de Deus".
O mesmo senso comum pode admirar os feitos de um conquistador passado como coisa épica e necessária à civilização e sentir-se regozijar-se com a condenação de um criminoso de guerra no TPI.
Vá-se lá perceber esta gente!
errata: "non est..."
foda-se! Tenho de controlar os índices de animalidade...
errata 2: "sentir-se regozijado"
... vou-me embora daqui!
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