É de manha, quando as estrelas se recolhem
e os sonhos são sugados pela luz,
que uma mão de ferro me aperta
o lado esquerdo do peito, lugar do coração.
É de manhã, quando recomeçam meus passos
automáticos, ligeiros, porque conheço
de cor os corredores da minha casa,
que o quotidiano se impõe como um fantasma.
Atravesso-a com a mente plena
dos versos que recordei em sonhos
e organizo as tarefas do dia
como quem foi condenado a viver.
Só sou eu, de novo,
reflectida nos silêncios e imagens
do meu segundo espelho,
onde toda a música começa...
M.S.
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